Durante
as pesquisas e postagens sobre eutanásia, percebe-se claramente a oposição da
Igreja Católica contra esse tipo de ação. Dessa forma, selecionamos algumas
frases do Papa João Paulo II - um dos papas de maior liderança da Igreja - professadas ao longo de sua vida, que refletem o posicionamento perante a prática da Eutanásia.
“A vida humana, dom precioso de Deus, é
sagrada e inviolável, e, por isso mesmo, o aborto provocado e a eutanásia são
absolutamente inaceitáveis; a vida do homem não apenas não deve ser eliminada,
mas há de ser protegida com toda a atenção e carinho.”
[...]
“Tais atentados [aborto e eutanásia] ferem a vida humana em situações de máxima
fragilidade, quando se acha privada de qualquer capacidade de defesa. Mais
grave ainda é o facto de serem consumados, em grande parte, mesmo no seio e por
obra da família que está, pelo contrário, chamada constitutivamente a ser
"santuário da vida".”
“Reivindicar
o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente,
equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o
significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é
a morte da verdadeira liberdade (…)”
“A
decisão da eutanásia torna-se mais grave, quando se configura como um
homicídio, que os outros praticam sobre uma pessoa que não a pediu de modo
algum nem deu nunca qualquer consentimento para a mesma. Atinge-se, enfim, o
cúmulo do arbítrio e da injustiça, quando alguns, médicos ou legisladores, se
arrogam o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer.”
“Tudo
quanto se opõe à vida, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio,
aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da
pessoa humana (…). Todas estas coisas e outras semelhantes são infamantes; ao
mesmo tempo que corrompem a civilização humana, desonram mais aqueles que assim
procedem, do que os que padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra
devida ao Criador.”
A Igreja Católica, que tem o
senso de Cristo, defende que a vida humana é um dom sagrado de Deus que deve
ser respeitada desde a concepção até a morte natural.
Ela não quer que se faça a
obstinação terapêutica, isto é, manter o paciente vivo com custos e recursos
extraordinários, quando ele já não tem mais condições de viver; mas não se pode
impor-lhe a morte, subtraindo recursos e medicamentos ordinários.
O que diz o Catecismo da Igreja:
2277 – Sejam quais forem os
motivos e os meios, a eutanásia direta consiste em pôr fim à vida de pessoas
deficientes, doentes ou moribundas. É moralmente inadmissível.
Assim, uma ação ou uma omissão
que, em si ou na intenção, gera a morte a fim de suprimir a dor, constitui um
assassinato gravemente contrário a dignidade da pessoa humana e ao
respeito pelo Deus vivo, seu Criador. O erro de juízo no qual se pode ter
caído de boa-fé não muda a natureza deste ato assassino, que sempre deve ser
proscrito e excluído.
2278 – A interrupção de
procedimentos médicos onerosos, perigosos, extraordinários ou desproporcionais
aos resultados esperados pode ser legítima. É a rejeição da “obstinação
terapêutica”. Não se quer dessa maneira provocar a morte; aceita-se não poder
impedi-la. As decisões devem ser tomadas pelo paciente, se tiver a competência
e a capacidade para isso; caso contrário, pelos que têm direitos legais,
respeitando sempre a vontade razoável e os interesses legítimos do paciente.
2279 – Mesmo quando a morte é
considerada iminente, os cuidados comumente devidos a uma pessoa doente não
podem ser legitimamente interrompidos. O emprego de analgésicos para
aliviar os sofrimentos do moribundo, ainda que o risco de abreviar seus
dias, pode ser moralmente conforme à dignidade humana se a morte não é
desejada, nem como fim nem como meio, mas somente prevista e tolerada como
inevitável. Os cuidados paliativos constituem uma forma privilegiada de
caridade desinteressada. Por esta razão devem ser encorajados.
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